Murta: planta que parece inofensiva, mas representa risco a plantações de cítricos poderá ser proibida na Capital
- 04/07/2025

Com o crescimento da citricultura no estado, Câmara Municipal discute projeto de Lei para proibir o cultivo e comercialização Campo Grande. Pomar de laranja Fabiana Assis/G1 A murta (Murraya paniculata), planta comum em jardins urbanos, muito popular pela beleza e o aroma de suas flores, poderá ser proibida em Campo Grande se um projeto de lei, que tramita na Câmara de Vereadores, for aprovado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp O texto determina a proibição da comercialização, plantio, transporte e produção da espécie na cidade. Entre as justificativas do projeto de lei, está a de que planta, que aparenta ser inofensiva, representa grande risco para plantações de cítricos, por ser a principal hospedeira do inseto transmissor de uma das doenças que mais afetam produção de cítricos no mundo, o greening (entenda mais abaixo). A medida busca acompanhar a legislação estadual vigente - que já proíbe plantio, comercialização e transporte da murta. O projeto deverá elaborar um plano de erradicação da espécie, em até dois anos após a publicação da norma. Além disso, há previsão de se promover a substituição da planta por espécies nativas ou outras não hospedeiras do inseto que se hospeda na murta e transmite a doença. Doença nos cítricos O Greening , também conhecido também como Huanglongbing (HLB) é a doença transmitida pelo psilídeo, inseto que se hospeda que utiliza a murta como hospedeira. Ela altamente prejudicial e compromete a produtividade e a qualidade dos citros, podendo levar à morte das árvores, descreve o projeto. A doença surgiu na Ásia, e foi identificada no Brasil em 2004, em São Paulo. Hoje, está presente em em pomares de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Goiás, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, que reconhece o impacto e a importância do combate à doença. Com o crescimento da citricultura no estado, principalmente em Campo Grande, Sidrolândia, Terenos e outras cidades do interior, a preocupação com a planta é ainda maior. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
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